É o som do maracatu que dá o ritmo às tardes dos meninos da comunidade de Chão de Estrela, na Zona Norte do Recife. Eles ocupam o tempo livre com aulas de dança e percussão, oferecidas gratuitamente no Centro Cultural Daruê Malungo. O centro foi criado há 23 anos pelo Mestre Meia Noite e vive de doações. O dinheiro que recebe, no entanto, nem sempre é suficiente. Não faltam oficinas para os jovens da comunidade, mas faltam recursos para a compra de instrumentos e reformas físicas. A esperança dos mestres é resolver os problemas neste Carnaval. É que a instituição será uma das sete beneficiadas com a renda do Baile Municipal do Recife.
“A ajuda veio em um momento muito importante, porque estamos precisando de uma reforma no nosso prédio”, confessou a coordenadora do Daruê Malungo, Vilma Carijós, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta quinta-feira (5). Além de manter a sede, o centro vai usar os recursos doados pela prefeitura para comprar alfaias, pois já não instrumentos suficientes para os cerca de 100 jovens que são atendidos pela instituição. Por sorte, não é preciso pagar professores e colabores. Eles são voluntários, como Dayane da Silva Lima, que chegou ao Daruê como aluna e hoje é professora de percussão. “Aprendi um pouco de tudo aqui. Aprendi a tocar, pintar, bordar. E hoje passo um pouco do que aprendi a outros jovens”, conta Dayane.
Segundo o Mestre Meia Noite, idealizador da iniciativa, o esforço vale a pena. “Ser mestre é ser pai, parceiro. Quando eu chego aqui, me sinto como o pai do mundo”, revela. Ele criou o Daruê Malungo porque queria ocupar o tempo dos adolescentes da comunidade que não estudavam nem trabalhavam. Aulas de maracatu, capoeira, coco e frevo foram a saída encontrada para não deixá-los ociosos. E a iniciativa fez sucesso. O número de alunos cresceu e o de oficinas também. Até aulas de cultura afro-pernambucana já são oferecidas no centro. Há 14 anos, a instituição também mantém o Maracatu Nação Estrelar, o grupo infantil mais antigo de Pernambuco, e a companhia de dança Daruê Malungo.
Vilma Vilaça explica o motivo do sucesso: “A gente resgata a cidadania das crianças. Ao invés de estarem na rua, ociosas; ficam fazendo trabalho educativo aqui. Há aulas de dança, percussão, confecção de fantasias e instrumentos”, diz a coordenadora. O Centro Cultural Daruê Malungo fica na rua Passarela, nº 18, logo após o terminal de ônibus de Chão de Estrelas.
Baile Municipal do Recife
O Baile Municipal do Recife acontece neste sábado (7), a partir das 21h no Chevrolet Hall, em Olinda. Serão 9 horas ininterruptas de frevo. Vão passar pelo palco da festa artistas como Maestro Spok, Almir Rouche, André Rio, Nena Queiroga, Elba Ramalho, Gustavo Travassos, Nonô e Claudionor Germano, além das orquestras Popular do Recife, Popular da Bomba do Hemetério e a SpokFrevo. Os ingressos individuais custam R$ 50 e a mesa para quatro pessoas, R$ 600. Os bilhetes estão à venda na bilheteria do Chevrollet Hall.
O Baile Municipal do Recife acontece neste sábado (7), a partir das 21h no Chevrolet Hall, em Olinda. Serão 9 horas ininterruptas de frevo. Vão passar pelo palco da festa artistas como Maestro Spok, Almir Rouche, André Rio, Nena Queiroga, Elba Ramalho, Gustavo Travassos, Nonô e Claudionor Germano, além das orquestras Popular do Recife, Popular da Bomba do Hemetério e a SpokFrevo. Os ingressos individuais custam R$ 50 e a mesa para quatro pessoas, R$ 600. Os bilhetes estão à venda na bilheteria do Chevrollet Hall.
Como de costume, toda a renda arrecadada com a venda dos ingressos será doada a instituições de caridade. Além da Daruê Malungo (foto), serão beneficiadas outras seis entidades: Casa de Apoio ao Idoso Vovó Bibia; Novo Rumo; Centro Cultural João Felipe de Aguiar; Lugar da Criança; Instituto de Desenvolvimento Social e Cultural e Associação Beneficente dos Cegos do Recife. A previsão da Prefeitura do Recife é que cerca de R$ 630 mil sejam arrecadados neste ano.
Portal G1