Também nesta quarta-feira, o secretário-executivo de Ressocialização de Pernambuco, Humberto Inojosa, renunciou ao cargo. O nome do substituto dele, Éden Vespaziano, foi anunciado à tarde pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. "Vespaziano é um coronel reformado da Polícia Militar, foi subcomandante da Polícia Militar, pessoa de muito serviços prestados ao governo e agora, com uma vida civil. Ele é pós-graduado em Direitos Humanos e Gestão Pública por duas universidades e também é bacharel em direito, uma pessoa que vai poder nos dar uma contribuição importante", destaca o secretário.
Armas, celulares e drogas
Na revista, foram encontrados 58 facões, 56 facas e sete foices, dentre instrumentos industrializados e artesanais, além de 16 chuços, tipo de arma artesanal e pontiaguda fabricada pelos próprios presos. A polícia apreendeu ainda 14 celulares, além de carregadores, pen drives, fones de ouvido e chips. Os oficiais encontraram ainda cachaça artesanal e cola de sapateiro, além de 600 gramas de maconha e 300 gramas de crack.
Na revista, foram encontrados 58 facões, 56 facas e sete foices, dentre instrumentos industrializados e artesanais, além de 16 chuços, tipo de arma artesanal e pontiaguda fabricada pelos próprios presos. A polícia apreendeu ainda 14 celulares, além de carregadores, pen drives, fones de ouvido e chips. Os oficiais encontraram ainda cachaça artesanal e cola de sapateiro, além de 600 gramas de maconha e 300 gramas de crack.
A vistoria, que começou por volta das 8h, durou cerca de quatro horas e contou com um total de 36 agentes penitenciários e 48 policiais militares, dentre oficiais do Batalhão de Choque e das companhias independentes de Operações Especiais (Cioe) e de Polícia com Cães (Cipcães). Foi revistado apenas o pavilhão A da unidade, que conta ainda com outros três pavilhões.
De acordo com o tenente Sérgio Simões, comandante da operação, os objetos apreendidos foram encontrados dentro das celas, em buracos e em vasos sanitários. “Tivemos certa dificuldade por conta da estrutura dentro do pavilhão. Devido à quantidade de presos, não tinha condição de fazermos [a vistoria] em todos, tem que ser feito paulatinamente”, explica Simões.
“A revista é um remédio de segurança, é permanente e contínua”, explica o juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara de Execuções Penais e Corregedoria. Rocha pontua que as revistas são sistemáticas, mas que é possível que o armamento entre inclusive pela porta frontal do presídio, o que os agentes não podem controlar, de acordo com ele. “É preciso que estejamos mais presentes nessa batalha, com um efetivo maior”, diz.
Superlotação
A unidade que passou pela revista, o Presídio Marcelo Francisco de Araújo, tem capacidade para 350 internos, mas hoje comporta um número cinco vezes maior: 1.926 presos. O juiz Luiz Rocha aponta que a estrutura precisa ser ampliada. Ele explica que a política de combate à violência no estado tem êxito, mas ela gera prisões e faz com que a estrutura atual se torne insuficiente para a demanda.
A unidade que passou pela revista, o Presídio Marcelo Francisco de Araújo, tem capacidade para 350 internos, mas hoje comporta um número cinco vezes maior: 1.926 presos. O juiz Luiz Rocha aponta que a estrutura precisa ser ampliada. Ele explica que a política de combate à violência no estado tem êxito, mas ela gera prisões e faz com que a estrutura atual se torne insuficiente para a demanda.
“Precisamos talvez até revisitar o sistema de aprisionamento que está sendo feito, as penas que estão sendo empregadas, a maneira de recolher o preso provisório, as medidas cautelares”, aponta, lembrando também que algumas medidas já foram tomadas. Um exemplo delas, de acordo com ele, é a ampliação do sistema de controle de execuções penais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), de uma vara para quatro varas regionais.
Portal G1