Em ano de incertezas do mercado sobre a condução da política econômica do País, a expectativa da CDL Recife para o comércio varejista pernambucano no primeiro mês de 2015 é de que as vendas se mantenham no mesmo patamar quando comparadas a janeiro do ano passado. Já em relação ao último dezembro, espera-se que haja redução das vendas do varejo. Isto se deve ao efeito sazonal deste período do ano, uma vez que dezembro é um mês marcado pelo forte aquecimento do comércio.
Embora bem moderado, o resultado esperado para janeiro é considerado satisfatório. Deve-se a isso o fato que, apesar da alta da taxa básica de juros da economia, da inflação em níveis elevados e da cautela do consumidor e do comércio em relação à situação econômica, as queimas de estoque e liquidações comuns nesta época do ano, juntamente com a preparação para o início do período escolar, poderão alavancar as vendas de vários setores do varejo.
PESQUISA MENSAL DO COMÉRCIO
O comércio varejista de Pernambuco evoluiu favoravelmente em outubro. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo do Estado avançou 1,3% quando comparado ao mesmo período de 2013. No entanto, frente a setembro de 2014, o crescimento das vendas foi ainda maior, 5,7%. Com esse resultado, o varejo pernambucano passa a acumular crescimento de 3,1% somente este ano.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de “veículos, motos, partes e peças” e de “material de construção”, também registrou desempenho positivo em outubro: 5,6% na comparação anual. Já na análise nacional, o setor registrou crescimento de 0,1% sobre setembro, enquanto que na análise anual houve acréscimo de 1,8%.
Com base nos resultados das vendas de outubro do ano passado, estes foram os desempenhos das atividades analisadas pela pesquisa na comparação anual em Pernambuco: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,1%); tecidos, vestuário e calçados (5,5%); móveis e eletrodomésticos (-0,1%); combustíveis e lubrificantes (-1,1%); material de construção (-1,7%); veículos, motocicletas, partes e peças (-2,0%); escritório, informática e comunicação (-2,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-9,1%).
CDL Recife