Condenado a 39 anos de prisão por matar os sogros Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, Daniel Cravinhos vai se casar com a filha de uma agente penitenciária no próximo sábado (27).
O autor de um dos crimes mais chocantes do país, à época, namorada com Suzane von Richthofen, mandante do assassinato dos próprios pais. Daniel agiu com o irmão, Cristian. Os dois chegaram a ser presos, mas atualmente Daniel está em regime semiaberto. Ele aproveitará os dias de liberdade no recesso de Natal e Ano Novo para subir ao altar.
Daniel, que está com 33 anos, e sua noiva, a biomédica Alyne da Silva Bento, de 27 anos, se conheceram em novembro de 2012, quando ela foi à penitenciária para visitar um irmão preso por participar de um roubo.
A nova sogra de Cravinhos diz apoiar o relacionamento da filha. "Acredito muito em Deus. Nada é por acaso. Alguém teria que dar uma nova chance ao Daniel e, se Ele me escolheu, eu aceito", disse Sumaia Bento, 52, em entrevista à Folha de S. Paulo.
O pai de Alyne, o mecânico Valentino Bento, não aceitou a relação. Evangélico, ele admitiu que não gostou de saber do namoro da filha, mas se convenceu a aceitar quando conversou com sua esposa e ela diisse que "Deus dá missões a seus filhos na terra".
Daniel e Alyne ficaram noivos em agosto deste ano. Quando foi liberado para passar o dia dos pais fora da cadeia, Daniel pediu a mão da biomédica. O noivado foi celebrado com um almoço na casa da noiva e teve direito a faixa estendida ("Lyne, quer casar comigo?"), buquê de rosas, aliança e declarações de amor.
Em outubro, em nova saíde de Daniel da cadeia, os dois escolheram a data do casamento. Daniel será liberado da prisão no dia 24 e retornará em 5 de janeiro.
Como não pode ficar na rua a partir das 22h - caso contrário perde o direito ao semiaberto - Daniel marcou a cerimônia para o turno da manhã. A bênção será dada por um pastor e, em seguida, os noivos oferecerão um churrasco ao som de um DJ.
Assim como Daniel, Suzane também seguiu sua vida e casou-se neste ano com Sandra Regina Ruiz Gomes, 31, a "Sandrão", condenada por sequestro.
Correio da Bahia