Os 800 funcionários da Enfil, empresa responsável pela instalação dos sistemas de tratamento e reuso de água da Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (Renest), decidiram durante assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (02) que continuariam com a greve iniciada ontem. Os patrões garantiram que pagariam os 9% do reajuste salarial – acordado durante a convenção coletiva de agosto – no próximo dia 07. Porém, não afastaram do cargo um gerente de contrato que estaria cometendo assédio moral contra os trabalhadores, tampouco não se pronunciaram sobre os 30% periculosidade para todos os trabalhadores envolvidos na planta industrial.
É a quarta paralisação em menos de um mês na Refinaria e Petroquímica devido ao descumprimento dos acordos conquistados na convenção coletiva. Desta vez, são 800 homens e mulheres de braços cruzados. “Eles só vão voltar ao trabalho quando a empresa garantir o pagamento, também, dos 30% e de todos os outros direitos e afastar o gerente. Os trabalhadores estão sofrendo assédio moral”, ressalta Leodelson Bastos, diretor de fiscalização do Sintepav-PE (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco).
Os funcionários das empresas da Emypro Brasil, a primeira a paralisar, tiveram parte das reivindicações atendidas e voltaram ao trabalho, já que a empresa garantiu regularizar toda a situação. Pelo mesmo motivo, os trabalhadores da Oliveira Construção e Engenharia também voltaram às atividades na semana passada. Já os da Manserv Montagem e Manutenção S. A, que cruzaram os braços ontem, continuam parados aguardando um posicionamento dos patrões.