Leo e Frank têm 11 e 10 anos, respectivamente, e, assim como diversos garotos dessa idade, costumam passar várias horas do dia jogando games de tiro. Metralhadoras, headshots, granadas e sangue fazem parte da rotina dessas crianças – ainda que de forma virtual.
Preocupado com o nível de violência a que seus filhos estavam expostos, o sueco Carl-Magnus Helgeren decidiu partir para uma terapia de choque: levaria as crianças para uma zona de guerraa fim de mostrar para elas que as armas não rendem apenas pontos e vitórias no monitor, mas cicatrizes, perdas e destruição.
Helgeren, que já havia trabalhado como jornalista freelancer no Oriente Médio quando era mais novo, pensou em levar os pequenos para ver a realidade do Afeganistão e do Iraque, contudo, preocupado com a segurança da família, acabou optando por um tour de 10 dias em Israel e na Síria. Além dos passeios comuns a turistas, a família visitou campos de refugiados e zonas de guerra. Os garotos viram de perto como as armas e minas terrestres afetam crianças como eles, deixando muitas delas em cadeiras de roda.
Em um dos vídeos postados pelos garotos, eles falam sobre como a área sofre com o lixo e a desordem completa. Depois dessa visita, talvez nem os mais perfeitos gráficos e efeitos bastem para os garotos, que agora entendem o lado real, cruel e triste do que para eles era só uma diversão.
Helgeren foi bastante criticado por amigos e parentes por sua iniciativa. O que você acha sobre isso? Escancarar a realidade é a melhor forma de evitar a superexposição de crianças à violência nos games e na mídia?
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