O crédito total concedido no Brasil, por meio do Sistema Financeiro Nacional, registrou mais um mês de expansão em julho. De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o volume das operações de crédito somou R$2.835 bilhões, o que representa crescimento de 0,2% no mês e de 11,4% em um ano. Os empréstimos totais alcançaram 56,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 54,8% em julho do ano passado.
A evolução do crédito em julho resultou do desempenho expressivo da carteira com recursos direcionados, sendo esta impulsionada principalmente pelo crédito imobiliário destinado às famílias. O segmento livre, por sua vez, registrou contração, reflexo da menor contratação pelas empresas e da contenção na demanda de crédito das famílias. Nesse cenário, a demanda por crédito pelas pessoas jurídicas reduziu 1,1% no mês, enquanto que a carteira direcionada à pessoa física registrou aumento de 0,2%.
Em relação à distribuição setorial do crédito, os financiamentos direcionados a “Outros Serviços”, diminuíram -0,5% no mês, totalizando R$419 bilhões. Os empréstimos concedidos à “Indústria” somaram R$525 bilhões, ao recuarem -0,2%. Os recursos destinados ao “Comércio” também retraíram, com -1,5%, ao totalizar R$236 bilhões. Ainda de acordo com o BCB, o “Crédito Imobiliário” somou R$458 bilhões em julho, crescendo 2,7% no mês e 29,2% em doze meses. Os financiamentos ao “Setor Rural” recuaram -0,1% no mês, atingindo R$238 bilhões.
No que diz respeito à taxa referencial de juros, segundo o Banco Central, a média permaneceu em 21,4% a.a., em julho, com elevação 0,3 p.p. no mês e de 2,3 p.p. em doze meses. A taxa cobrada para pessoa física manteve-se em 28,2% a.a., após elevação de 3,1p.p. em um ano. A taxa usada nas operações com pessoa jurídica alcançou 16% a.a., com elevação de 1,6 p.p. na comparação anual.
CDL/Recife
