Uma escola da cidade de Gold Coast, na Austrália, aceitou mudar as regras para ajudar na adaptação de uma aluna transgênero de seis anos em seu dia a dia na instituição de ensino.
Segundo informações do portal do tabloide britânico "Daily Mail", a estudante Skyler Burns foi autorizada a utilizar os banheiros femininos da escola e uma sala de aula separada é usada sempre que ela precisa trocar de roupa, evitando assim perguntas desnecessárias dos colegas.
De acordo com os pais da criança, a instituição de ensino tem demonstrado apoio constante e concordou em utilizar o nome preferido da aluna, Skyler.
Inclusive, a família de Skyler e os donos da escola estão considerando, junto ao conselho de educação, adicionar a opção "gênero preferido" nos formulários de inscrição. Com a mudança, o nome escolhido pela criança poderá aparecer nos futuros boletins.
A aluna, que antes usava o nome Seth, foi diagnosticada com transtorno de identidade de gênero. Em uma das avaliações, o médico Stephen Strathis, do Royal Childrens' Hospital Brisbane, fez uma série de perguntas para a criança. Quando perguntada sobre qual era sua cor favorita, ela respondeu que era rosa. Em relação aos brinquedos favoritos, uma casa de bonecas e um hipopótamo cor de rosa foram destacados por Skyler. Já quando foi questionada se preferia ser um menino ou menina respondeu: "eu sou uma menina".
Desde os dois anos de idade, a criança já demonstrava interesse por produtos ditos femininos, como bonecas, tiaras e vestidos.
O doutor Strathis chegou a enviar uma carta para a escola explicando o caso de Skyler e sugerindo que para o melhor interesse da criança "ela deveria ser tratada como uma mulher na escola."
"O choro parou e agora ela usa vestidos e é uma criança tão feliz", disse o pai Brett Burns.
Se o desejo de ser menina de Skyler persistir, os pais vão lhe dar a opção de um tratamento hormonal para evitar e/ou amenizar as transformações masculinas da puberdade.
Portal UOL