A introdução de um gene em células cardíacas permite que estas assumem a tarefa de marcar o ritmo dos batimentos cardíacos em corações doentes, tornando-se um marca-passo biológico. O trabalho, liderado por Eduardo Marban, do Instituto Cedars-Sinai Heart Institute dos Estados Unidos, foi publicado pela Science Translational Medicine.
A pesquisa foi inicialmente realizada em corações de porcos, alguns deles com deficiência e com a aplicação do gene, uma proteína é ativada, exercendo o papel de um marca-passo, com a normal distribuição elétrica dos batimentos cardíacos.
Mateas Francisco Ruiz, presidente da Seção de Estimulação Cardíaca [PACER] da Sociedade Espanhola de Cardiologia muito esperançoso para apresentar este trabalho. "Durante anos estivemos à procura de um marca-passo biológico", diz. O fato foi testado em porcos, a maioria semelhantes a seres humanos em muitos médicos, animal é promissora. O marca-passo biológico pode beneficiar crianças e até mesmo fetos, que estão sempre em mudanças orgânicas constantes, o que muitas vezes, inviabiliza o uso do marca-passo. Outros beneficiados são pessoas que contraem infecções com o marca-passo convencional.
O médico, no entanto, também mostra cautela. A terapia gênica é uma técnica ainda em sua infância. "Temos que ver quanto tempo o efeito ou se não houver uma resposta imune", diz ele. "Além disso, para introduzir os genes são vulgarmente utilizados vectores, vírus, que neste caso tem de ser injectadas directamente no coração." Esses são alguns dos aspectos que devem ser revistos em futuros testes em seres humanos.
Com informações do jornal El País - Espanha