Ariano Vilar Suassuna morreu nesta quarta-feira, 23, aos 87 anos. O escritor é autor de obras importantes, como o "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino". Na última segunda, o dramaturgo sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo hemorrágico e estava internado em coma.
Nascido no dia 16 de junho, em João Pessoa, na Paraíba, Ariano Suassuna era filho de João Suassuna, que governou a cidade local, e que acabou sendo morto durante a Revolução de 1930.
Suassuna foi um dos fundadores do Teatro do Estudante de Pernambuco, e em 1947, escreveu a sua primeira peça, chamada de "Uma Mulher Vestida de Sol". Em 1950, ele se formou em direito e recebeu o prêmio "Martins Pena" pela realização do auto de João da Cruz.
Após o prêmio, Suassuna continuou sua dedicação ao teatro, e acabou escrevendo "O Castigo da Soberba", "O Rico Avarento" e o grande sucesso: "O Auto da Compadecida". Esse último, foi o responsável por lhe projetar para o mundo, e também, ter sido eleito em 1962, por Sábato Magaldi, "o texto mais popular e moderno do teatro brasileiro".
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura, Suassuna construiu em São José do Belmonte, local em que foi inspirado o romance "D'a Pedra do Reino", um santuário ao ar livre. Ele também era membro da Academia Paraibana de Letras.
Ariano Suassuna também foi tema de Carnaval em 2002 pelo Império Serrano, e em 2008, pela Mancha Verde. No ano de 2013, a sua obra "O Auto da Compadecida" foi enredo da Pérola Negra.
Em seus últimos dias de vida, o dramaturgo vinha com a saúde muito debilitada. Em 2013, ele foi internado duas vezes após se sentir mal.
Blog do Jornalista Sidney Rezende
