A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) enviou representantes ao Cais José Estelita, nesta terça-feira (17), para apurar informações sobre a possível agressão sofrida pela advogada Liana Cirne. Integrante do Movimento Ocupe Estelita, Liana afirma ter sido agredida por um policial com um cassetete.
“Se a advogada é agredida, isso mostra como foi utilizada a força contra os ativistas. Havia um acordo – que foi descumprido – com as secretarias de Defesa Social e de Direitos Humanos de que o Ocupe receberia um aviso, 48 horas antes da reintegração”, afirmou Liana.
A advogada Luana Varejão também acompanhou a reintegração de posse do Cais José Estelita. Ela chegou ao local por volta das 5h40, e conta que em menos de 15 minutos os policiais já estavam entrando e começaram a desocupação.
“Eles chegaram, pediram uma comissão de duas pessoas para negociar e disseram que em cinco minutos a área deveria ser desocupada. Por conta do tempo curto, os militantes disseram que só sairiam com advogados e acabaram sendo cercados”, afirmou.
Ainda conforme Varejão, os policiais teriam dito que só invadiram a área que pertence a União por se tratar de uma situação de risco iminente. “Eu discordo dessa justificativa. Estava se tentando uma negociação pacífica. Nós que estávamos fora também tivemos dificuldade para chegar aqui. Fecharam todas as vias de acesso”, concluiu.
Em nota oficial, a Polícia Militar afirmou que a operação foi iniciada para “garantir o cumprimento da decisão judicial que determina a reintegração de posse de imóvel no Cais José Estelita. A operação policial, que é coordenada pelo comandante do batalhão, tenente-coronel Jaílton Pereira, visa apoiar preventivamente, com o uso de força policial, a oficial de justiça designada para cumprir a decisão expedida pelo Juiz de Direito Márcio Aguiar, relator substituto do processo.
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