Devido à greve da categoria, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo ameaçou não disponibilizar o metrô paulista para Itaquera nesta quinta-feira, 12, dia da abertura da Copa do Mundo.
O bairro na Zona Leste da capital é onde está localizada a Arena Corinthians, estádio que será palco do primeiro jogo da competição, entre Brasil e Croácia, às 17h (de Brasília).
A afirmação é de Alex Fernandes, secretário-geral do órgão: "Ninguém vai trabalhar. Se o acordo não for feito, não vai ter metrô nem pra Itaquera e nem para lugar nenhum".
Junto dos vagões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o metrô é considerado pela Fifa e pelo governo brasileiro como principal forma de chegar ao estádio para os jogos do Mundial. A CPTM, entretanto, não participa do movimento.
O "acordo" a que Fernandes se refere é o aumento do salário dos metroviários. A classe pede reajuste de ao menos 10% no valor líquido recebido pelos trabalhadores (no início, o valor era de 35,5%), mas o Metrô oferece 8,7% de aumento.
Neste domingo, o Tribunal Regional do Trabalho julgou o caso e considerou a paralisação abusiva, e o sindicato teria de pagar multa de R$ 500 mil caso mantivesse a greve, o que, segundo Fernandes, irá acontecer. "Seguiremos com a greve até que o governo de São Paulo negocie com a gente", finalizou o secretário-geral.
Os motoristas que foram à Arena Corinthians nos dois eventos-teste antes da Copa do Mundo reclamaram do acesso ao local, uma vez que o trânsito estava parado no entorno do estádio.
ESPN Brasil