"Vamos separar os vândalos e os mascarados. Na minha opinião, tem de baixar o cacete neles, prender todos eles e tirar das ruas", disse o Fenômeno em sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo.
Ronaldo voltou a afirmar que está insatisfeito com o atraso nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo, mas acredita que uma possível participação sua em manifestações nas ruas causaria confusão por causa do assédio dos fãs e não atingiria os seus objetivos. "Eu protesto do meu jeito e acho que faço muito barulho. Minha indignação é a mesma do povo", justificou.
O ex-jogador passou a adotar uma postura mais crítica em relação aos preparativos para o Mundial na semana retrasada, apesar de atuar junto aos organizadores da Copa desde o fim de 2011. Ele disse em entrevista à agência de notícias Reuters que sentia vergonha com o atraso nas obras. Na sabatina, ele manteve o ataque aos governantes.
"Os estádios eram a exigência principal da Fifa para fazer a Copa do Mundo e, bem ou mal, eles estão aí. Minha vergonha é pela população que esperava esses grandes investimentos, esse grande legado, as reformas de aeroportos, a mobilidade urbana, ou seja, tudo que foi prometido e não foi entregue."
Ronaldo afirmou suas críticas não são direcionadas à presidente Dilma Rousseff, mas a todos os governantes que não cumpriram com o que prometeram. "Não faço crítica ao governo e a ninguém. Quando eu entrei no COL (Comitê Organizador Local) foi por acreditar que Copa seria uma grande oportunidade para o Brasil, não só de ter novos estádios. Mas é uma oportunidade que estamos deixando de aproveitar."
Estadão