Ramón Guillermo Aveledo, secretário executivo da Mesa de Unidade Democrática (MUD), explicou aos jornalistas que uma delas era sobre os - ao menos 6 mil - “casos dos presos políticos, asilados e processados" e pela elaboração de um relatório sobre as violações dosdireitos humanos durante a repressão aos manifestantes.
A oposição exige ainda que seja criada Comissão da Verdade não-partidária com o objetivo de investigar as cerca de 41 mortes no país desde o início das manifestações, em fevereiro. O grupo, porém, não quer que essa investigação seja comandada pelo presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
O processo de negociação foi congelado na semana passada pela oposição para protestar contra as prisões em massa durante os protestos e porque, segundo eles, o diálogo não estava dando resultados.
Já o presidente Nicolás Maduro insistiu que não irá "se levantar da mesa de diálogo" e atribuiu a suspensão a "grandes pressões", lembrando que "o simples diálogo e o debate são um resultado positivo."
Novas manifestações
Na semana passada, autoridades da Venezuela disseram terem libertado a maior parte dos 243 jovens detidos quando acampavam em praças e ruas de Caracas em protesto contra ogoverno socialista de Nicolás Maduro, ação que foi criticada pela ONU.
A desmontagem de quatro acampamentos em áreas de classe média da capital e as detenções de manifestantes reavivaram os protestos que agitam o país desde fevereiro.
De acordo com uma declaração da Procuradoria, oito dos detidos no ataque contra os acampamentos foram transferidos para uma prisão no centro de Caracas e três deles a uma cadeia do serviço de inteligência, por crimes como "posse ilegal de arma de fogo", "incitação à desobediência", "dano violento à propriedade" e "conspiração" para o crime.
Portal IG