A modelo brasileira Amanda Griza, 19 anos, completou nesta quinta-feira uma semana presa na China, onde trabalhava há cerca de três meses. A jovem foi detida junto com outros 60 modelos durante um falso teste profissional. A operação da Polícia daquele país tinha como objetivo coibir a atuação de modelos que não têm visto de trabalho. No Brasil, a família aguarda com ansiedade informações sobre a sua libertação.
Segundo o pai de Amanda, Edson, a notícia mais recente da filha veio na noite desta quarta-feira e amenizou o sofrimento. “Desde a prisão (há uma semana) ficamos mais de 72 horas sem nenhuma informação sobre a situação da Amanda. Depois, as notícias eram vagas e desencontradas. Escrevemos uma carta que foi entregue ontem. Foram sete dias de agonia”, comentou ele.
A tristeza foi amenizada porque um ex-diplomata brasileiro conseguiu conversar pessoalmente com a modelo. “Acreditamos que está mais perto do fim do que do começo. Como pais, queremos tê-la conosco o mais rápido possível”, desabafou o pai, ao lado da esposa Elena.
Natural de Osório, no Rio Grande do Sul, a família reside há sete anos em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A jovem trabalha desde os 11 como modelo. O pai contou que a filha ficaria apenas mais alguns dias em Pequim, onde houve a prisão, antes de se mudar para Hong Kong, concluído o contrato de trabalho.
Emocionado, ele desabafou que a família teve "boa fé" ao acreditar na proposta de trabalhar e seguir as orientações da agência que a contratou. "Ela foi uma vítima da situação", disse ele, sobre a falta de visto de trabalho da filha.
Neste momento, a principal preocupação do pai está relacionada à questão política da China. Ele recordou que junto com Amanda foram presos modelos de várias nacionalidades, como da França, Grécia, Rússia, Itália e Estados Unidos. “Temos medo de que essa situação resulte em um problema diplomático maior”, disse.
Portal Terra