quarta-feira, 28 de maio de 2014

Manifestação contra a Copa termina em confronto próximo ao Mané Garrincha

A 16 dias da Copa do Mundo, uma manifestação nesta terça-feira, 27, em Brasília contra os jogos reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, parou o trânsito na capital federal e resultou em confronto direto de índios e sem-teto contra policiais, com direito a bombas de gás lacrimogêneo e uma flechada que atingiu a perna de um policial.
Perto dali - antes do protesto -, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião com empresários de 35 setores, no Palácio do Planalto, para afirmar que "não vai acontecer na Copa do Mundo o que aconteceu na Copa das Confederações". "Não vai ter baderna", garantiu.
"É a imagem do Brasil que estará em jogo", ressaltou Dilma, avisando ainda que "vai chamar o Exército", imediatamente, quando os governadores pedirem. "Estamos tomando todas as providências. Não vamos ter problemas de segurança", declarou a presidente, reiterando que "não admitirá baderna".
Embora a presidente tenha garantido que as pessoas não enfrentarão transtornos na Copa, por causa de manifestações, pelo menos três empresários tiveram dificuldade para deixar o Planalto justamente por causa da manifestação que tomava conta do Eixo Monumental.
Organizado pelo Comitê Popular da Copa DF, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Juntos, o ato começou de forma pacífica na rodoviária da cidade, com pautas que envolviam temas como moradia, justiça, saúde, educação e transporte. Na sequência, o grupo marchou pela capital.
No Eixo Monumental, os líderes do movimento improvisaram um tribunal, no qual a Fifa foi julgada e condenada por supostos "crimes" cometidos no Brasil. Durante o ato, um grupo de indígenas que estava na Esplanada dos Ministérios se juntou ao movimento e endossou o coro das palavras de ordem entoadas contra o Mundial.
Estadão