17 anos se passaram desde o crime que chocou o País e Gutemberg foi aprovado em um concurso para agente da Polícia Civil do Distrito Federal. O Tribunal de Justiça de Brasília concedeu uma liminar que garante ao candidato o ingresso na corporação. O caso levantou polêmica.
Índio Galdino - Galdino Jesus dos Santos foi um líder indígena brasileiro da etnia pataxó-hã-hã-hãe. Por ocasião das comemorações do Dia do Índio, em 1997, fora a Brasília juntamente com outras sete lideranças indígenas, para levar suas reivindicações acerca da recuperação da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, em conflito fundiário com fazendeiros.
Regalias - Gutemberg, ainda menor, foi encaminhado para o centro de reabilitação juvenil do Distrito Federal, onde ficou preso apenas por três meses, apesar de ter sido condenado a um ano de reclusão. Os outros quatro foram condenados, em 2001, a catorze anos de prisão em regime integralmente fechado por homicídio doloso. Pela gravidade do crime não teriam direito a determinados benefícios, mas, já no ano seguinte, receberam autorização para exercer funções administrativas em órgãos públicos.
No ano passado, Gutemberg tentou se tornar agente e escrivão da Polícia Civil de Goiás. Passou em todos os estágios —prova de conhecimentos, avaliação médica, teste de aptidão física, exame psicotécnico e prova de digitação — e só parou na última, exatamente a investigação de seu passado. Em Goiás, a reprovação ficou sob responsabilidade do Conselho Superior da Polícia Civil, que negou a aprovação.
Como estão os outros condenados pela morte do Índio Galdino:
Antônio Novely Cardoso de Vilanova - Tinha 19 anos na época do crime. Filho de um juiz federal, Vilanova trabalhava como digitador. Admitiu ter atirado os fósforos em Galdino.
Eron Chaves de Oliveira - Tinha 19 anos. Primo dos irmãos Tomás e Gutemberg, admitiu ter despejado álcool sobre o índio. Hoje trabalha na pizzaria do pai
Max Rogério Alves - Tinha 19 anos. Criado por um ex-ministro do TSE, Alves trabalhava no escritório de advocacia do padrasto. Admitiu ter dirigido o carro na fuga.
Eron Chaves de Oliveira - Tinha 19 anos. Primo dos irmãos Tomás e Gutemberg, admitiu ter despejado álcool sobre o índio. Hoje trabalha na pizzaria do pai
Max Rogério Alves - Tinha 19 anos. Criado por um ex-ministro do TSE, Alves trabalhava no escritório de advocacia do padrasto. Admitiu ter dirigido o carro na fuga.
Tomás Oliveira de Almeida - Irmão de Gutemberg. Tinha 18 anos. Único do grupo a cursar uma faculdade, estudava Administração. Também admitiu ter atirado os fósforos. Hoje trabalha no setor de marcação de consultas em um hospital de Brasília.
Com informações dos portais R7, G1 e Correio Braziliense