O sistema de esgotamento será composto por duas estações de tratamento, com capacidade para armazenar, cada uma, 5,4 mil metros cúbicos e 131 metros cúbicos de esgoto por dia, respectivamente; nove estações elevatórias (sistema de bombeamento); 278 mil metros de redes coletoras; 6,8 mil metros de emissários e 12,9 mil ligações domiciliares e intradomiciliares. Para atendimento das áreas com menor densidade populacional, está prevista a construção de uma fossa coletiva, com capacidade para atender até mil habitantes.
A obra de Surubim faz parte do planejamento para a universalização do esgotamento sanitário e do abastecimento de água como parte do programa de governo de Eduardo Campos. Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, o principal benefício proporcionado por esse investimento é o ganho para a saúde da população. “Muitas doenças são transmitidas pelo esgoto a céu aberto, que também causa transtornos, principalmente para crianças e idosos. Além de diminuir a quantidade de enfermidades, o tratamento do esgoto vai favorecer o meio ambiente, uma vez que rios e barragens vão deixar de receber os dejetos in natura, fazendo com que haja uma recuperação das matas e da qualidade da água dos mananciais”, ressaltou.
Durante a cerimônia de assinatura da ordem de serviço em Surubim, o presidente Roberto Tavares aproveitou para explicar aos moradores que, para que essa obra seja executada, será preciso interferir na rotina da mobilidade da cidade. “Essa é uma obra que terá duração de três anos. Como será preciso rasgar as ruas para passar tubulação, causa transtornos, mas o benefício é muito grande”, enfatizou. A previsão é que a empresa vencedora do processo de licitação para a implantação do sistema de esgotamento comece a instalar o canteiro de obras já na próxima semana. A previsão é concluir o projeto em 36 meses.
Esse investimento faz parte do conjunto de ações do Projeto de Sustentabilidade Hídrica (PSH-PE), que visa à implantação de um moderno sistema de esgotamento, com o intuito de realizar o tratamento adequado dos efluentes coletados na cidade. Além de tratar o esgoto, o projeto prevê a aplicação de medidas mitigadoras, como trabalho social e arborização da área em torno da estação de tratamento de esgoto.
IPOJUCA – Este não é o único projeto da Compesa com o objetivo de oferecer mais qualidade de vida aos moradores e um maior cuidado com os recursos naturais. Um outro exemplo no âmbito da companhia é o Projeto de Saneamento Ambiental (PSA) de Ipojuca, orçado em cerca de R$ 770 milhões, dos quais R$ 458 milhões serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), enquanto R$ 298 milhões serão de contrapartida estadual. Este é o maior financiamento individual firmado entre o Estado e a instituição, o qual priorizará 90% do total de recursos para a implantação de sistemas de esgotamento sanitário em 12 cidades às margens do rio Ipojuca. A primeira cidade a ser beneficiada com o projeto será Tacaimbó, no Agreste pernambucano.
A análise ambiental do programa PSA Ipojuca foi organizada de duas formas. A primeira é a preparação do projeto, onde consta a avaliação ambiental seguindo as diretrizes do BID. Já a segunda é a execução onde serão obrigatoriamente realizados os estudos ambientais para as obras previstas atendendo a legislação nacional e estadual. O projeto deve ser concluído no prazo de seis anos.
Imprensa Compesa