Excelentíssimo Senhor,
Vimos, através desta, informar a Vossa Excelência, que a sociedade civil, a partir dos movimentos sociais urbanos que ora assinam a seguinte carta consideram ofensiva a postura do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco que, por unanimidade, desaprovou o pedido de tombamento do Edifício Caiçara.
O Conselho perdeu, por unanimidade, a sua característica fim, que seja a proteção da cultura pernambucana e demonstrou estar alheio aos processos de reivindicação de uma cultura mais ampla, estando restrito a interesses que não dizem respeito àcompreensão de cultura que a sociedade civil – de forma ampla – vem reivindicando sobre a cidade.
As consequências dessa ação equivocada estão relacionadas, primordialmente, à própria constituição do Conselho que não compartilha suas decisões com a sociedade civil, seguindo uma formulação construída em 1967, em pleno regime militar. Dessa forma, o Conselho Estadual de Cultura do Estado torna-se um exemplo sui generis de anacronismo político, com avanços pontuais – como a política de Patrimônio Vivo e grandes retrocessos – como o silenciamento quanto a importante questões reivindicadas ao nível da ampliação da compreensão de patrimônio sejam elas relacionadas ao Edífício Caiçara, Edíficio Oceania ao Cais Estelita ou as diversas casas modernistas que foram a baixo na cidade do Recife.
Além disso, é o momento, Governador, de Vossa Excelência realizar um passo importante que é a completa reformulação do Conselho com vistas à adequação aoPlano Nacional de Cultura que prevê a necessidade de um Conselho democrático, com 50% dos integrantes eleitos pela sociedade civil. Nossa não adequação, nesse sentido, compromete o acesso dos diversos coletivos e instituições da cidade aos recursos federais bem como não possibiltia a contribuição dos movimentos sociais e coletivos na efetivação de uma política de patrimônio em Pernambuco.
Nesse momento, também seria extremamente relevante para os movimentos sociais e coletivos que subscrevem essa carta que Vossa Excelência realizasse um pronunciamento quanto à garantia de uma política radicalmente nova de patrimônio para que os desejos da sociedade civil, relacionados a uma compreensão profundamente afetiva com a cidade do Recife, sejam atendidos. Uma política que efetiva o patrimônio seja nas casas do Modernismo, seja nos usos sociais, seja na paisagem cultural ou nas comunidades populares. A cidade vem se tornando cada vez mais descaracterizada em suas paisagens históricas – principalmente as construções dos anos 40 a 70, de modo que está desaparecendo as marcas e provas da história da arquitetura em Pernambuco para a construção de grandes arranha-céus que testemunham apenas a história do presente.
Desse modo, além da implementação de uma política de patrimônio efetiva, relacionada com os anseios da sociedade civil, os movimentos e coletivos que agora lhe subscrevem, solicitam, de Vossa Excelência, o tombamento do Edifício Caiçara como bem público de Pernambuco uma vez que consideramos esta construção como símbolo das lutas urbanas e das lutas pela memória. A destinação do edifício – dentro de uma política de patrimônio coerente – deverá então ser discutida com a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil organizada.
Por fim, a comoção popular que se relacionou à demolição parcial do mesmo tem em nós um forte aliado e esperamos ansiosos um pronunciamento de Vossa Excelência sobre o caso nos próximos dias.
Mas estamos certos de que seremos atendidos e de que a cidade do Recife e o Estado de Pernambuco irão, mais uma vez, dar uma lição de história e participação popular.
Atenciosamente,
- Movimento Salve o Caiçara
– Partido Pirata do Brasil
- Comitê Popular da Copa
- Direitos Urbanos (DU)
- Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF)
- Centro Popular dos Direitos Humanos (CPDH)
– Resistência Pernambucana
– Centro de Documentação Dom Hélder Câmara (CENDHEC)
- Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (AMECICLO)
- Coque Vive
– Marcha da Maconha
- Copa Favela 2014
- Fórum Estadual de Reforma Urbana (FERU)
– Ação Darmata
– Bicho Brilhante Núcleo de Criação
- Movimento Resistência UFRPE
– Associação Esperança do Coque
– Juventude Alternativa
– Coletivos Antiproibiacionistas
– Frente de Luta pelo Transporte Público
– DCE Unicap
– Ponto de Cultura Espaço Livre do Coque
– Biblioteca Popular do Coque
- DA Psicologia FAFIRE
– StandArte Candeias
– Centro de Estudos Budistas de Pernambuco (CEBB)
– Galeria Mau Mau
– Unidade Vermelha
– Biblioteca Educ Guri
– Sindicato dos Jornalistas Profissionais
–-Diretório Acadêmico Fernando Santa Cruz (Muda Direito)
- Frente Independente Popular de Pernambuco
– Núcleo de Assistência Jurídica Popular (NAJUP)
– Cine Vila
– Coletivo Luta Comunitária (CLC)
– Cinemat Filmes
– Mar Ilha Produções
– PE-daleiras
- Garça Torta Filmes
- 7Fotografia
- Coletivo Narramundo
– Jacaré Produções Cinematográficas
- Símio Filmes
- Orquestra Cinema e Estúdios
– Jura Filmes
– Aroma Filmes
– Coletivo Bagaceiro
– Desvia Produções Artísticas e Audiovisuais
– Peluqueria Carangi
– Instituto Candela
– Fórum Pernambucano de Comunicação
– Ventana Filmes
– Parabelo Filmes
– Contravento
– Zumballyu Filmes
– Trincheira Filmes
– Movimento Dança Recife
– Movimento Zoada
– 3emeio cultura em movimento
– Federação Nacional de Estudantes de Direito
– Núcleo de Comunicação Carangueijo Uçá da Ilha de Deus
– Cinemascópio
– Orb Coworking -Nosotros y Los demás
– Theia Produções e Associados
– Grupo João Teimoso
- Agência de Talentos de Pernambuco (ATP)
- Candieiro Produções
– Cineclube Dissenso
– Farache Comunicação
– REC Produtores
– Shen
– SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia
– Grupo Guerrilha Cultural
– Retratografia
- Associação Brasileria de Documentaristas e Curtametragistas-PE
- Associação Pernambucana de Cineastas
- Fórum de Mulheres de Pernambuco
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