O Sindicato dos Metroviários do Estado decidiu na noite desta segunda-feira (10) decretar greve com início na sexta e sem término determinado. Se confirmada, a parada deve comprometer o acesso dos torcedores ao primeiro jogo da Copa no estádio pernambucano, que será entre Espanha e Uruguai.
Está marcada uma nova assembleia para quinta-feira, para avaliar as propostas da gestão do metrô. Os funcionários reivindicam melhores condições de trabalho.
O aviso de que vai entrar em greve sexta-feira é para atender o estatuto da empresa, que exige que a paralisação seja comunicada à população em um prazo de 72 horas.
O governo pernambucano incentiva as pessoas a só usarem o metrô como meio de transporte para chegar no estádio da Copa das Confederações. O Estado tem até um comercial veiculado na TV, no qual Ricardo Rocha ensina os torcedores como pegar o metrô para chegar na arena. Quem tiver ingresso, aliás, não pagará passagem.
O governo também desaconselha os torcedores a ir de carro porque a área de restrição da arena é de 3 km.
Reivindicações - O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindimetro-PE) aprovou a greve por tempo indeterminado da categoria, na noite desta segunda (10). Entretanto, o metrô do Recife continuará funcionando normalmente até a próxima quinta-feira (13), quando os funcionários se reúnem novamente em assembleia, às 18h, para decidirem se cancelam ou não as atividades a partir da sexta-feira (14).
A paralisação, justamente no final de semana em que começa a Copa das Confederações, vai depender das negociações dos servidores com a Companhia Brasileira de Transporte Urbano (CBTU), que começam nesta terça-feira (11).
Uma equipe deverá embarcar para Brasília a fim de dialogar com o Ministério do Planejamento. Os metroviários exigem reajuste salarial de 6,5%, revisão do plano de saúde, melhorias no sistema, adicional noturno e periculosidade, além de concurso público, pois o último realizado foi em 2005.
"Temos um déficit de mais de 100 maquinistas. No horário de pico, estamos trabalhando com sobrecarga", afirmou o diretor de Comunicação do Sindimetro, Levi Arruda. De acordo com ele, o movimento acontece em nível nacional. "Os sindicatos de outros estados também estão negociando. Tudo indica que a paralisação será em todo o País.
Ainda segundo Levi Arruda, no Recife, cerca de 1,5 mil funcionários, sendo 200 maquinistas, deverão parar as atividades, caso a greve seja deflagrada.
Proposta - A CBTU oferece duas opções aos metroviários: ou reajuste de 2,02% e manutenção da hora extra em 100% ou aumento de 4,7% e redução do valor da hora extra para 50%. Além disso, a empresa sugeriu um plano de demissão voluntária para os funcionários que já se aposentaram mas continuam trabalhando.