Com cerca de 250 votos de dirigentes sindicais, Aldo Amaral foi eleito para comandar a Força Sindical em Pernambuco pelos próximos quatro anos (2013/2017). O pleito foi realizado na manhã deste sábado (15/06), durante o 3º Congresso Estadual da Central Sindical, num hotel no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Aldo já estava à frente da Força desde 2011, quando foi indicado pela Executiva Estadual para um mandato “tampão”, uma vez que o então presidente, Marcos Sérgio, renunciou ao cargo.
Aldo Amaral comanda uma Central Sindical que reúne atualmente 123 sindicatos e representa cerca de um milhão de trabalhadores no estado de Pernambuco. Junto com ele, foi eleito vice-presidente, Rinaldo Júnior. A nova diretoria da Força Sindical é composta por 53 integrantes, sendo 15 representantes na Executiva, seis no Conselho Fiscal, cinco Suplentes, além de 27 dirigentes que vão comandar nove Secretarias.
Para os próximos quatro anos, Aldo garante que vai lutar por mais espaço e pelo cumprimento dos direitos do trabalhador. “Vamos estar de olho nas novas vagas do setor de infraestrutura, que estão vindo para Pernambuco e para o Nordeste. Queremos o crescimento de nossa região, porém, com qualidade e ganho para o trabalhador”, arrematou.
O crescimento da Força Sindical em Pernambuco em dois anos é bastante significativo, quase 1500% em número de sindicatos filiados. Em 2011, ao assumir o comando da Central, Aldo encontrou apenas seis sindicatos filiados à Força. Hoje, são 89 com carta sindical. Soma-se ainda a este número, as Colônias de Pescadores, os trabalhadores da Agricultura Familiar e os sindicatos ainda sem carta, totalizando cerca de 140 sindicatos e entidades. “Politicamente nós crescemos muito. Tanto que o congresso aqui que elegeu a nova diretoria foi coroado de êxito, pois tivemos representação de todo o estado”, afirmou Aldo.
Além da nova diretoria, também foram eleitos 120 delegados sindicais, que vão representar a Central Estadual no 7º Congresso da Força Nacional. A representação pernambucana é a segunda maior do país, ficando atrás apenas da delegação de São Paulo. O congresso nacional acontece nos próximos dias 23, 24 e 25 de julho deste ano, em Praia Grande, em São Paulo.
O congresso contou com a presença de representantes da Força Nacional, políticos pernambucanos e representantes sindicais de outros estados da federação. Da Central Nacional estiveram presentes Geraldino dos Santos, secretário de Relações Sindicais; o ex-ministro do Trabalho Rogério Magri, atual assessor político da Força; além de Valclécia Trindade, 2ª secretária geral e Milton Batista (Cavalo), secretário nacional de Cultura e Memória Sindical. Também marcaram presença Hugo Peres, assessor político da Executiva Nacional; o consultor sindical, João Guilherme Vargas Neto; o deputado federal Paulo Rubens Santiago (PDT) e o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB).
O congresso reuniu cerca de 250 pessoas nesta sexta (14) e sábado (15), em Boa Viagem, entre representantes das federações, sindicatos e colônias de pescadores filiados à Força Sindical em Pernambuco nas mais diversas categorias, como Construção Civil, Aposentados, Comércio, Agricultura Familiar, Reforma Agrária, Cultura, Juventude e Igualdade Racial.
O congresso contou também com palestras. Na sexta-feira (14), os presentes receberam instruções sobre o “Cenário econômico brasileiro” sob a condução de Ailton dos Santos e Jaqueline Natal, respectivamente técnicos do DIEESE nacional e estadual. O “Sindicalismo” foi o tema da palestra de Hugo Peres, assessor político da Executiva Nacional. Já no sábado (15) foi a vez do consultor sindical, João Guilherme Vargas Neto ministrar palestra sobre a “Estrutura Política Nacional”.
O encontro também serviu para discutir a agenda programática e as diretrizes políticas e organizacionais da Central para os próximos quatro anos. Também esteve na pauta de discussão, as políticas de incentivo ao crescimento da economia e ao desenvolvimento do país, a reforma da legislação trabalhista e da organização sindical. Além disso, a política internacional da Força Sindical e a qualificação dos sindicalistas para as negociações coletivas com os patrões também estiveram presente no debate.
Foto: Aldécio Santos