Dulce, que fazia parte do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal de Pernambuco quando foi presa, contou que levava choques elétricos pendurada em um pau de arara, enquanto o professor dizia que aquela era a técnica mais eficaz. Ela foi levada para o quartel do Exército da rua Barão de Mesquita, na Tijuca, zona norte do Rio, onde funcionava o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna). Depois, foi transferida para o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), na rua da Relação, no centro. Ela ficou um ano e quatro meses presa.
Para a historiadora, o principal papel da comissão é garantir que a existência da tortura por parte do Estado não seja esquecida. "É muito duro lembrar toda essa situação, mas é fundamental para que possamos construir um país mais justo e humano", disse.
Hoje ela é pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas.
Com informações do Portal UOL