quinta-feira, 23 de maio de 2013

Goleiro Bruno passa mal após tomar tranquilizantes na cadeia


O goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio, passou mal em sua cela depois de tomar tranquilizantes sem indicação médica.

O episódio ocorreu no último domingo (19), no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, mas só foi divulgado hoje pela Secretaria de Estado de Defesa Social.

Depois de tomar comprimidos de clonazepam e diazepam, o goleiro precisou ser socorrido por agentes penitenciários e foi levado à enfermaria. Ele foi liberado em seguida. Um procedimento interno foi instaurado para descobrir quem forneceu os medicamentos ao goleiro.

A assessoria de imprensa da secretaria descarta a possibilidade de que Bruno tenha tentado suicídio. A reportagem não conseguiu falar com o advogado do goleiro.
Em março deste ano, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da modelo, que desapareceu em junho de 2010.

O goleiro teve um filho com Eliza. Segundo a Promotoria, a modelo pressionava Bruno para obter dinheiro e isso teria motivado o crime. Bruno nega que tenha encomendado o assassinato de Eliza.

O corpo nunca foi encontrado, mas após depoimentos de réus e testemunhas do caso, a Justiça entendeu que ela foi assassinada e determinou que fosse emitida uma certidão de óbito.

TRABALHO NA PRISÃO
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social, Bruno voltará a trabalhar na prisão a partir desta sexta-feira (23). Ele estava suspenso por tempo indeterminado desde o dia 1° de abril, após se envolver em discussão na lavanderia do complexo, onde trabalhava.
O goleiro agora trabalhará em uma fábrica de vassouras que existe dentro do complexo penitenciário.
A cada três dias trabalhados, ele tem um dia reduzido em sua pena.
Bruno também voltou a ter direito a visitas e a tomar banho de sol, após punição em razão do mesmo episódio.


OUTROS RÉUS
Além de Bruno, outros quatro réus foram condenados no caso Eliza Samudio.
Em novembro, foram julgados e condenados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Castro. Macarrão, que foi secretário de Bruno, foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado pelo homicídio de Eliza.
Fernanda era a ex-namorada do goleiro. Ela foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza.
No final de abril, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio e ocultação de cadáver de Eliza.
A ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza, 25, que fora denunciada pelo crime de sequestro e cárcere privado de Bruninho foi absolvida a pedido do Ministério Público.
Outros dois réus --Elenilson Silva, que foi caseiro do goleiro, e Wemerson Souza, amigo-- ainda irão a julgamento por sequestro e cárcere privado do filho de Bruno e Eliza.

Folha SP