quinta-feira, 7 de março de 2013

Em busca de pena alta, promotor colocará Bruno na cena da morte de Eliza


Para convencer os jurados de que o goleiro Bruno Fernandes foi o mandante da morte de Eliza Samudio, o promotor Henry Wagner de Castro irá colocar o jogador na cena do crime, isto é, ele tentará convencer os presentes de que o atleta não somente ordenou o assassinato da modelo, como também presenciou a sua morte na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG).
Ontem, o promotor afirmou que o Ministério Público espera uma pena em torno de 30 anos para o réu. Wagner de Castro abrirá a sessão de hoje, que será destinada aos debates entre acusação e defesa. Ele terá 2h30 para provar a culpa de Bruno. Em seguida, a defesa terá o mesmo tempo para contra-argumentar.
O promotor já afirmou que pretende usar o tempo de 2h para réplica, o que dará direito ao mesmo tempo de tréplica para os advogados dos réus.

Sentença sai hoje

O futuro do goleiro Bruno Fernandes e de sua ex-mulher Dayanne Souza, ambos réus no processo sobre a morte de Eliza Samudio, será decidido nesta quinta-feira (7) pelo Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).
O jogador é acusado por sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e do bebê Bruninho, seu próprio filho, pela morte da modelo e ocultação do cadáver dela. Pelos crimes, pode pegar até 41 anos de prisão, caso seja condenado.
A acusação contra Bruno pela morte da modelo tem três qualificadoras: motivo torpe, emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. Já Dayanne responde por sequestro e cárcere privado do bebê e pode pegar até três anos de prisão.
A expectativa do promotor Henry Wagner de Castro é de que a pena imposta a Bruno "tangencie os 30 anos". A promotoria não viu confissão no depoimento do goleiro, queadmitiu a morte de Eliza, disse que a poderia ter evitado, mas responsabilizou Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pelo crime. "Não há sequer um traço de confissão."
No caso de Macarrão, a pena dele foi reduzida, no júri de novembro passado, em oito anos --de 23 para 15 anos-- por ele ter confessado participação na morte da modelo. "A situação dele [Bruno] é sensivelmente diversa da de Macarrão, o qual confessou o crime, ainda que de maneira tímida."
Portal UOL