O Governo anunciou nesta terça-feira uma ampliação de seu principal programa de combate à miséria, com a inclusão de mais 2,5 milhões de beneficiários, permitindo tirar da pobreza extrema 22 milhões de pessoas.
A medida, anunciada por Dilma, eleva a R$ 70 por pessoa o subsídio mínimo complementar da renda que o Governo concede a todas as famílias inscritas nos programas oficiais em condição de pobreza extrema.
Essa ampliação do programa Bolsa Família beneficia diretamente 2,5 milhões de pessoas que ainda não recebiam subsídios por esse valor.
A medida permitirá que os 22 milhões de brasileiro inscritos no programa de combate à miséria recebam uma renda mínima de R$ 70, que é o valor per capita abaixo do qual uma família pode ser considerada como extrema miséria no país.
"O Brasil vira uma página decisiva em sua longa história de exclusão social. Outros 2,5 milhões de brasileiros estão abandonando a probreza extrema", afirmou Dilma em cerimônia no Palácio do Planalto.
"A medida beneficia os últimos brasileiros que foram inscritos no programa Bolsa Família e os ajuda a superar a linha da miséria", acrescentou a líder.
Dilma admitiu que a iniciativa não acaba com a miséria no Brasil porque o próprio Governo admite que outras 2,5 milhões de pessoas continuam na pobreza extrema, mas não se inscreveram no programa Bolsa Família.
"Não estamos dizendo que não há mais brasileiros pobres ou com uma condição de vida indigna. Infelizmente, sabemos disso. Necessitamos incluí-los para que recebam o benefício a que têm direito. Falta pouco para que tirarmos todos os brasileiros da miséria", disse Dilma.
Para remediar essa situação, o Governo começou há dois anos, com a ajuda dos 5.556 municípios do país, o que denominou como "busca ativa" de pessoas em condição de pobreza.
O objetivo é identificar os que continuam abaixo da linha da pobreza e que por qualquer motivo, principalmente por falta de informação, não se inscreveram no programa Bolsa Família.
Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, para erradicar a pobreza definitivamente, o Governo precisa localizar essas pessoas e incluí-las em seus programas de distribuição de subsídios.
Os subsídios concedidos variavam até agora entre R$ 20 e 200, que serão aumentados para um mínimo de R$ 70 por pessoa.
Isso significa que uma família considerada em extrema pobreza receberá uma ajuda de até R$ 350 como complemento de sua renda.
Dilma admitiu que, além de incluir todos os pobres nos programas de combate à miséria, para erradicar a miséria também é necessário alcançar outras metas, como o acesso à educação, saúde e emprego de qualidade.
Em parte pela inclusão de novos beneficiados, assim como por aumentos e atualizações dos valores distribuídos, o orçamento do Governo para o programa de assistência social Bolsa Família passou de R$ 17,3 bilhões em 2011 para R$ 20 bilhões em 2012.
Para este ano, o terceiro de Dilma Rousseff no poder, se prevê que esse orçamento subirá a R$ 23,1 bilhões, segundo Campello.
Portal Terra e Agência EFE