O governador Eduardo Campos prestigiou nesta segunda-feira (24/09) a quinta edição da cerimônia do Prêmio Nair Teodósio. O concurso contou contabilizou 920 trabalhos inscritos. Desse total, 689 foram selecionados e, por fim, 24 produções vencedoras selecionadas por uma comissão julgadora. Na platéia do Teatro de Santa Isabel, na área central do Recife, estavam cerca de 700 pessoas entre alunos e professores de escolas públicas e particulares, além de estudantes de pós-graduação que concorreram à premiação.
O objetivo do concurso é estimular e fortalecer a produção crítica através de pesquisas e estudos sobre as relações de gênero nas dimensões de raça, etnia e classe social. As dissertações abordaram temas relacionados à questão da violência doméstica e sexista, a inserção da mulher nos espaços de poder, educação e cultura, gênero e saúde, além da sexualidade, gravidez na adolescência, gênero e mídia e a participação da mulher indígena na formação da sociedade.
Bastante aplaudido pelos presentes ao discursar, o governador Eduardo Campos assegurou que o prêmio é parte de uma política de estado que promove a ausculta da sociedade. Eduardo destacou também que o prêmio é uma oportunidade de “ir formando a consciência no nosso alunado e dos nossos professores na academia para pensar políticas publicas transversais, nas mais diversas áreas que valorizem a questão de gênero. Assim a gente reduz as desigualdades, discriminação e machismo e constrói uma sociedade mais justa e harmônica”, disse.
As 24 produções escolhidas se dividiram em categorias. Foram sete redações de estudantes do ensino médio, outras oito produções textuais de estudantes do ensino técnico subsequente, além de dois relatos de experiência, três artigos científicos de graduação, três de pós-graduação e um roteiro de curta metragem. Os vencedores receberam tabletes e premiação em dinheiros no valor de R$ 5 mil, R$ 8 mil e R$ 20 mil, além de certificados, assinaturas da Revista Continente (da Cepe) e kits culturais (Fundarpe).
Estudante do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Amanda Gonçalves, 24, participou a pela primeira vez do prêmio. Com ao artigo cientifico “A divisão sexual do trabalho como obstáculo à mulher como agente do desenvolvimento” a estudante abordou as diferenças trabalhistas entre homens e mulheres. A estudante recebeu uma premiação no valor de R$ 5 mil reais, além de um certificado.
Ao se inscrever pela segunda vez, o estudante Isak Luiz de Castro, 19, estudante de uma Escola de Referência em Carpina obteve sucesso ao produzir material sobre os desafios da mulher no futebol. A produção do texto “Eco silencioso: mulher e futebol” rendeu um tablet e premiação em dinheiro para o estudante. Isak, entretanto, garantiu que a premiação não é o mais importante. “Não há tantos espaços para o estudante de ensino médio participar. Então, quando tem a gente faz pelo gosto, não é nem pelo prêmio. Vê uma publicação sua num livro é bem mais gratificante”, comemorou.
Secretária da Mulher, Cristina Buarque destacou que as políticas públicas de gênero só podem ser construídas coletivamente. ”Não existe o messiânico, aquele que faz tudo e os outros não existem. Só existe política publica coletiva. Esse prêmio só tem essa dimensão porque estamos todos juntos. Se não estivéssemos o Governo do Estado e todas as suas secretarias correlatas, a reitoria do IFPE, a Fundação Joaquim Nabuco, a Fundarpe, a Funase e a Facepe”.
NAIR TEODÓSIO – Médica e militante pernambucana, Nair se dedicou a luta por uma sociedade mais justa e igualitária. As pesquisas realizadas por ela foram voltadas para erradicar as desigualdades sociais. Nair Teodósio também fundou o Laboratório de Fisiologia da Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco, centro que hoje leva seu nome.
Secretaria de Imprensa de Pernambuco