Comunidade protesta em defesa de professora do Centro Esportivo Santos Dumont

Na manhã desta quinta (05), a comunidade Beira Rio, além de pais e alunos de natação (a maioria portadores de deficiências e autistas) fazem um apitaço em defesa da professora de natação, Leidja Ferraz de Miranda Henriques. Ela desenvolve um trabalho de aulas de natação de pessoas com necessidades especiais no Centro de Esporte e Lazer Alberto Santos Dumont, no bairro do Setúbal, e alega que vem se sentindo perseguida pelo diretor atual da instituição, Henrique Milet, por sua dedicação extrema aos alunos – atualmente são 32 alunos, dos 17 aos 60 anos, com deficiências físicas, mentais ou autistas. Tanto que o diretor a impediu de continuar a dar aula por duas vezes e de acordo com a professora, o gestor quer devolvê-la para a Secretaria de Educação. 

Dezenas de mães, pais, os próprios alunos e muita gente da comunidade Beira Rio, que reconhece o trabalho desta professora, está revoltada e prometeu fazer um apitaço, com grande protesto nesta quinta-feira, 6 de setembro, a partir das 9

h, em frente ao Centro Santos Dumont. O que todos desconfiam é que este diretor está tentando diminuir a participação das pessoas com necessidades especiais no Centro, afastando a professora que mais se dedica a elas. Tanto que, recentemente, quando Leidja solicitou medalhas para uma competição, ele alegou que “deficiente não precisava de medalha”. A professora vem sendo constrangida, sem documento algum que ateste seu afastamento  sem qualquer diálogo formal com a direção, apesar das tentativas, e preocupada com o rumo desta terrível situação, que esconde um preconceito tremendo e fere a política da boa convivência na gestão pública.

Com informações do jornalista Leidson Ferraz