Os desentendimentos começaram depois que uma declaração do candidato a vice-prefeito da cidade, João Paulo, se tornou pública, e continuaram com um erro na grade da programação do programa eleitoral gratuito, que excluiu o vereador Osmar Ricardo (PT) do grupo do prefeito João da Costa.
Os candidatos do PT a prefeito do Recife e vice, Humberto e João Paulo, respectivamente, adotaram como tática na campanha fazerem caminhadas separadas, como forma de potencializarem os eventos. Na terça-feira, João Paulo esteve em campanha como candidato e foi atribuída a ele uma declaração crítica com relação ao prefeito João da Costa. "Eu expliquei que o comentário não foi de João Paulo, foi de uma pessoa que acompanhava a caminhada", tentou justificar o secretário geral do PT, Rosano Carvalho, sem sucesso.
Antes das explicações chegarem ao prefeito, ele já comentava com a imprensa que sua gestão foi boicotada por João Paulo, ex-prefeito e ex-padrinho político de João da Costa. Os dois romperam politicamente no início do mandato de João da Costa e se mantém ácidos, um em relação ao outro, até então. O grupo de João da Costa marcou para esta quinta-feira uma reunião para tratar da relação com João Paulo.
Em outra frente, o candidato a vereador Osmar Ricardo, do grupo de João da Costa, não conseguiu gravar sua passagem no programa eleitoral gratuito. Vereador por três mandatos, chegou a cogitar que o impedimento tivesse relação às propagandas que em sua base eleitoral vinculam seu nome ao de Geraldo Júlio (PSB). "O que aconteceu foi um erro na grade, o pessoal do PT me explicou tudo", contemporizou Osmar, que pede votos para Humberto no guia eleitoral.
De toda forma, Osmar foi questionado pelo secretário do partido pelas propagandas que vinculam seu nome ao do adversário. Houve até um pedido de esclarecimento, sobre a participação da mulher do vereador na organização de caminhadas para Geraldo Júlio, mas tudo ficou esclarecido. "Minha mulher é do PSD e tem a independência política dela", ponderou.
Celso Calheiros - Portal Terra