O Ministério da Educação prorrogou o prazo para a renovação dos contratos firmados pelo Fies (Fundo deFinanciamento Estudantil) nesta quarta-feira (29). Os estudantes terão até 31 de dezembro para renovar seus financiamentos.
As renovaçõesdos contratos simplificados e não simplificados do segundo semestre de 2010, do primeiro e segundo semestres de 2011 e do primeiro e segundo semestres deste ano devem ser realizados por meio do SisFies (Sistema Informatizado do Fies), disponível no portal do Ministério da Educação.
FINANCIAMENTOS
Neste ano, o Fies atingiu 305 mil contratos firmados neste ano. O número de estudantes que aderiram ao programa é quase o dobro do total de 2011, que foi de 153 mil contratos.
Do total de 535,8 mil contratos firmados entre 2010 e 2012, o curso mais procurado é o de direito, com 85 mil contratos, seguido de administração (44 mil), enfermagem (43 mil) e engenharia civil (33 mil).
O programa financia de 50% a 100% dos encargos educacionais, dependendo da renda familiar mensal bruta e do comprometimento dessa renda com os custos da mensalidade.
Apenas alunos com renda familiar mensal bruta de no máximo 20 salários mínimos podem requerer o financiamento. Outro critério é que os estudantes estejam regularmente matriculados em cursos de graduação com avaliação positiva no Sinais (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), oferecidos por instituições de ensino superior participantes do Fies.
"Mudanças foram necessárias para o aumento significativo ao financiamento, procurando atender mais estudantes de famílias de baixa renda, que nunca tiveram acesso ao ensino superior", afirmou FNDE.
MUDANÇA
Em 2010 o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) passou a ser o agente operador do Fies. Com a mudança, foram estabelecidas novas regras do financiamento, como a redução dos juros para 3,4% ao ano e o aumento do prazo de carência (18 meses) e de amortização (três vezes o período financiado, acrescido de doze meses).
Entre as mudanças realizadas está o aumento do prazo de quitação, que passou a ser de três vezes o tempo de uso do benefício, acrescido de 12 meses, com 18 meses de carência após a formatura.
No caso de um curso com duração de quatro anos, por exemplo, o estudante passou a ter 14 anos e meio para pagar, com juros de 3,4% ao ano, com financiamento de 100% da mensalidade.
Além disso, estudantes de licenciatura e de medicina que atuarem nas redes públicas de educação e saúde podem amortizar 1% da dívida a cada mês de trabalho.
Rádio Liberdade de Caruaru