quinta-feira, 21 de junho de 2012

PSB lança Geraldo Júlio como pré-candidato à Prefeitura do Recife

O PSB já decidiu: vai lançar mesmo candidato próprio à Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), avalizado pela maioria dos partidos que integram a Frente Popular. O governador Eduardo Campos anuncia nesta sexta (22) que o nome é o do ex-secretário Geraldo Júlio, que tem agradado a todos os setores da coligação governista com o perfil de “gerentão da cidade”. E isso ocorrerá mesmo que Eduardo não consiga conversar com o ex-presidente Lula sobre a sucessão do Recife e explicar os motivos que levaram o PSB a encabeçar uma chapa alternativa à do PT.

Nesta quarta (20), Eduardo e Lula se encontraram rapidamente no Rio de Janeiro, em um seminário da Conferência Rio+20, mas não trataram do assunto. O governador, presidente nacional do PSB, voltou à noite ao Recife e nesta quinta tentará, mais uma vez, falar com Lula, por telefone. Se não conseguir, a conversa ficará para a próxima semana.

Nesse momento, o mais importante é acalmar a base governista, já que faltam apenas dez dias para o prazo final das convenções que homologam as chapas majoritárias e proporcionais. Além do mais, Eduardo se comprometeu com os aliados que não iria viajar para os Estados Unidos no domingo (24) – para recebe um prêmio –, sem apresentar uma definição para o imbróglio do Recife.

Com Geraldo Júlio, o PSB pretende reproduzir na capital o modelo de gestão do governo do Estado, que tem rendido alta popularidade a Eduardo. Na vice, o PTB é uma opção, mas não se descarta a entrada do PCdoB.

Os comunistas ainda não oficializaram nenhuma posição, mas, nos bastidores, a legenda já estaria de malas prontas para também desembarcar no palanque que está sendo construído por Eduardo. E isso passou por uma longa conversa que o governador manteve terça (19) com o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), candidato à reeleição. A dobradinha PSB-PCdoB, assim, pode ser concretizada no Recife e em Olinda. E isso deixaria o PT completamente isolado com a candidatura do senador Humberto Costa.

Sheila Borges - Jornal do Commercio