Ao comentar as acusações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo pressão política para adiar o julgamento do mensalão, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), sugeriu “colocar panos quentes” e dar "chá de camomila" aos envolvidos no episódio. Para ele, a discussão não irá atrapalhar o julgamento do mensalão e de outras matérias no Supremo.
"A partir de agora, o momento é o de acalmar os ânimos. É quase incompreensível a atitude do ministro Gilmar Mendes e a forma agressiva como ele tratou esses temas. Mas, todos conhecemos o ministro, é uma figura que tem uma clareza política enorme, sabe do seu papel e da sua responsabilidade”, disse Maia.
“Neste momento, é importante que se passe uma borracha em cima desse episódio. Não é um fato que vá provocar nenhum tipo de problema ao país ou que vá trazer qualquer tipo de dificuldade ao julgamento do mensalão. Temos que dar um chá de camomila para todos os envolvidos para que se volte à normalidade e à calma que é necessária neste momento”, acrescentou.
Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acredita que o episódio do encontro entre Lula e Gilmar Mendes não abriu uma crise entre Executivo e Judiciário. “[A relação] continua sendo harmoniosa. Não vejo propriamente uma crise”.
Agência Brasil