Ainda de acordo com o promotor, a provável condenação dos cinco réus terá reflexo no julgamento do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser o mandante do crime. Sombra não está entre os réus que serão julgados amanhã porque dois recursos fizeram com que o processo que trata da acusação contra ele fosse desmembrado e ainda não há data para julgamento.
A defesa chamou 13 testemunhas que serão ouvidas durante o julgamento, com previsão de término na sexta-feira. Já a acusação não arrolou ninguém. De acordo com o promotor, “por absoluta falta de necessidade”, uma vez que as provas técnicas e os autos já seriam suficientes. Carvalho acredita que os réus serão condenados a penas que devem variar de 12 a 30 anos.
Em janeiro de 2002, o então prefeito de Santo André Celso Daniel foi sequestrado ao sair de um restaurante com o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. Dois dias depois, foi executado a tiros, e seu corpo foi encontrado em Juquitiba, São Paulo.
Dez anos após o crime, apenas um dos acusados foi ao banco dos réus. Marcos Bispo dos Santos, que dirigia um dos carros durante o sequestro, foi julgado e condenado a 18 anos de prisão em 2010. Na quinta-feira, outros cinco envolvidos no sequestro e morte do prefeito responderão por homicídio duplamente qualificado: Itamar Messias da Silva, José Edson da Silva, Elcyd Oliveira Brito, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira e Ivan Rodrigues da Silva.
O assassinato do petista Celso Daniel marcou um embate profundo entre o Ministério Público e o PT. Segundo a promotoria, o crime teve motivação política e foi executado a mando de Sombra. Isso porque o prefeito teria descoberto um esquema de corrupção em Santo André usado para financiar caixa 2 de campanhas do PT e também para arcar com gastos pessoais dos envolvidos. O PT sustenta a versão da Polícia Civil, que diz que se tratara de um crime comum.
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