O PMDB ainda não definiu quem vai ser indicado para ocupar o cargo. O Conselho de Ética do Senado é responsável por decidir se será aberto processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que está sendo investigado após denúncias de ligação com o bicheiro Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob suspeita de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Por conta das denúncias, Demóstenes se desfiliou do DEM.
Apesar de a indicação do presidente do Conselho de Ética caber ao PMDB, por ser o partido com maior bancada no Senado, o PT sugeriu o nome do senador Wellington Dias (PT-PI). O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) ainda não decidiu se irá acatar a sugestão e divulgou apenas que tem ligado para alguns companheiros de partido oferecendo o cargo.
Inicialmente, o senador Vital do Rego (PMDB-PB) foi convidado para ocupar a presidência do colegiado, mas ele pode ter que abrir mão da indicação, por ser corregedor do Senado e ter como suas atribuições investigar senadores. Com isso, ele poderia ficar impedido de acumular o cargo com a presidência do conselho, já que cabe ao seu presidente decidir se abre ou não processo investigativo contra um parlamentar.
Sem presidente, o conselho não pode analisar se abre ou não processo por quebra de decoro parlamentar contra Demóstenes Torres.Em meio a esse impasse, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou ao Senado acesso ao material da investigação que detalha as relações de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira. A defesa do senador considera que isso enfraquece a possibilidade de abertura de processo contra o parlamentar.
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