segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cinéfilos relembram aniversário de nascimento de Charlie Chaplin

Conhecido imortalmente pelo personagem Carlitos, Sir Charles Spencer Chaplin (1889-1977), foi atordiretorprodutorhumoristaempresárioescritor,comediantedançarinoroteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso demímica e da comédia pastelão. É bastante conhecido pelos seus filmes O ImigranteO GarotoEm Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O CircoLuzes da CidadeTempos ModernosO Grande DitadorLuzes da RibaltaUm Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.

Carlitos era um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco uma bengala e o famoso bigode-de-broxa. O filme Chaplin, de 1992, retratou sua trajetória e o comediante fora interpretado pelo ator Robert Downey Jr.  e sua mãe, Hannah Chaplin, interpretada por sua filha primogênita, a atriz Geraldine Chaplin.


Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).


Adenoid Hynkel - Depois de anos de recusa em fazer filmes mudos, o primeiro filme falado de Chaplin, O Grande Ditador (1940), foi um ato de rebeldia contra o ditador alemão Adolf Hitler e onazismo, e foi lançado nos Estados Unidos um ano antes do país abandonar sua política de neutralidade e entrar na Segunda Guerra Mundial. Chaplin interpretou o papel de Adenoid Hynkel, ditador da "Tomânia", claramente baseado em Hitler e, atuando em um papel duplo, também interpretou um barbeiro judeu perseguido frequentemente por nazistas, o qual é fisicamente semelhante ao Carlitos. 


O filme também contou com a participação do comediante Jack Oakie no papel de Benzino Napaloni, ditador da "Bactéria", uma sátira do ditador italiano Benito Mussolini e do fascismo; e de Paulette Goddard, no papel de uma mulher no gueto. O filme foi visto como um ato de coragem no ambiente político da época, tanto pela sua ridicularização do nazismo quanto pela representação de personagens judeus ostensivos e de sua perseguição. Adicionalmente, O Grande Ditador foi indicado ao Oscar de Melhor FilmeMelhor Ator (Chaplin), Melhor Ator Coadjuvante(Oakie), Melhor Trilha Sonora (Meredith Willson) e Melhor Roteiro Original (Chaplin).


Ideologia - O posicionamento político de Chaplin sempre foi esquerdista. Durante a era demacarthismo, Chaplin foi acusado de "atividades anti-americanas" como um suposto comunista, e J. Edgar Hoover, que instruíra o FBI a manter extensos arquivos secretos sobre ele, tentou acabar com sua residência nos EUA. 


A pressão do FBI sobre Chaplin cresceu após sua campanha para uma segunda frente europeia na Segunda Guerra Mundial em 1942, e alcançou um nível crítico no final da década de 1940, quando ele lançou o filme de humor negro Monsieur Verdoux (1947), considerado uma crítica ao capitalismo. O filme foi mal recebido e boicotado em várias cidades dos EUA, obtendo, no entanto, um êxito maior na Europa, especialmente na França. Naquela época, o Congresso ameaçou chamá-lo para um interrogatório público. Isso nunca foi feito, provavelmente devido à possibilidade de Chaplin satirizar os investigadores.


Felicidade - Depois de alguns casamentos e relações efêmeras que geraram dois filhos, Chaplin conheceu  Oona O'Neill, filha do dramaturgo Eugene O'Neill. Se apaixonaram rapidamente e casaram-se em16 de Junho de 1943. Ele tinha 54 anos enquanto ela somente 18, mas a enorme diferença de idade não diferenciou em nada. Este casamento foi longo e feliz. Oona, mesmo sendo ainda muito jovem, deu oito filhos a Charlie, o que o deixou em completa felicidade. O amor era tão grande que Charlie ficou com ela até sua morte, e Oona cuidou dele no fim de sua vida. Chaplin morreu dormindo, no Natal de 1977 na Suíça e Oona, em 1991, de câncer no pâncreas.


Veja a clássica cena de Tempos Modernos





Com informações de Wikipedia e YouTube