A sessão solene está marcada para as 10 horas, no Plenário do Senado.
Além da presidente da República, receberão o prêmio Bertha Lutz:
- a militante comunista Maria do Carmo Ribeiro, viúva de Luiz Carlos Prestes;
- a ex-senadora Eunice Mafalda Michiles, primeira mulher a ocupar uma vaga no Senado Federal;
- a socióloga Rosali Scalabrin, representante da Comissão Pastoral da Terra e titular da Coordenadoria da Mulher do município de Rio Branco (AC);
- a professora Ana Alice Alcântara da Costa, do Departamento de Ciências Políticas e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres da Universidade Federal da Bahia.
O prêmio foi criado em 2001 e recebeu o nome Bertha Lutz em homenagem àquela que foi uma pioneira do feminismo no Brasil e reconhecida por sua luta pelo direito ao voto feminino. A escolha dos nomes para receber o prêmio é feita pelo Senado.
Bertha Lutz - Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo em 1894 e é conhecida por sua luta pelo direito ao voto feminino. Em 1919, foi uma das criadoras da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher e, em 1922, representou as brasileiras na assembleia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos. O direito de voto feminino no Brasil foi estabelecido dez anos depois, em 1932.
Eleita suplente de deputado federal em 1934, Bertha Lutz assumiu o mandato em 1936. No Congresso, defendeu a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.
Em 1975, Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do País no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México.Bertha faleceu no Rio de Janeiro em setembro de 1976.
Agência Câmara
