Bombeiros, policiais civis e militares ameaçam entrar em greve geral na sexta-feira, a uma semana do início do Carnaval. As categorias não concordam com a proposta de reajuste que está sendo discutida na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Policiais do Rio de Janeiro decidem na quinta-feira se paralisam as atividades assim como na Bahia. O governo enviou um texto que modifica duas leis de junho de 2010 que previam reajustes mensais de 0,915% até o fim 2014. Pela nova versão, o aumento total será dado em três parcelas. Os PMs alegam que, mesmo com a modificação, o aumento real seria pequeno perto da demanda da categoria. Como o governo estadual alega que não tem dinheiro para bancar um reajuste maior, vai defender o pagamento em três parcelas.
De acordo com o senador Walter Pinheiro (PT), os policiais baianos deveriam resistir, ao menos até o dia 9, quando policiais do Rio de Janeiro decidem se também iniciam ou não uma paralisação. Além do Ceará, Bahia e possivelmente o Rio de Janeiro, os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo e o Distrito Federal podem aderir à greve.
No início deste mês, a reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) não poderia ter sido pautada por outro assunto senão a greve conjunta dos policiais militares, civis e bombeiros do estado. Apesar da pouca repercussão na mídia, os parlamentares deram destaque ao movimento grevista. A deputada estadual Janira Rocha (Psol) chegou a ler a carta da esposa de um policial militar que ganhou fama por expor as condições sob as quais algumas famílias vivem.
Correio do Brasil