A visita do cônsul e da consultora à Compesa foi resultado da participação, em novembro do ano passado, de uma comitiva de 60 brasileiros na sexta edição da Watec, conferência internacional sobre tecnologias de água realizada na cidade israelense de Tel Aviv. O objetivo foi expandir o leque de parcerias para investimentos em grandes projetos. Na ocasião, empresários israelenses ficaram impressionados com os números obtidos pela Compesa nos últimos quatro anos, que aportou recursos de R$ 1,3 bilhão em obras de água e esgoto, sendo o maior investimento, o Sistema Pirapama, que sozinho consumiu R$ 600 milhões.
De acordo com Sheila Sztutman, a visita de ontem também serviu para verificar possibilidades de parcerias entre a Compesa e empresas israelenses na área técnica e de operação. "Israel tem muito interesse em investir no Brasil, trabalhando fortemente na possibilidade de parcerias com Pernambuco", afirma. Ela diz ainda que o cônsul disponibilizou experts israelenses na área de água para ficar à disposição da Compesa com o intuito de trocar tecnologias.
"Israel é um país com pouca água, por isso a expertise no assunto. E o governo entende que esse conhecimento deva ser compartilhado. É um acordo de cooperação", explica a consultora. Segundo Sheila, o interesse de Israel em participar da licitação da PPP do saneamento surgiu após a consulta pública lançada em dezembro passado, uma vez que a Compesa publica editais de licitação de suas obras em jornais de vários países.
PPP - A Parceria Público-Privada do Saneamento, um investimento previsto de R$ 4,3 bilhões, vai permitir a universalização dos serviços de esgotamento sanitário em 14 municípios da Região Metropolitana do Recife e a cidade de Goiana. O edital de licitação deve ser lançado até março e o contrato assinado seis meses depois. As obras têm um prazo de conclusão de 12 anos. Menos da metade dos 60 anos que o Estado demoraria para executar o mesmo serviço apenas com recursos próprios.
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