Os ciberativistas da rede mundialAnonymous, em novo pronunciamento nesta terça-feira, assumiram a autoria do ataque às páginas do Banco Bradesco, um dos maiores da América Latina, e advertiram que a Operação Pagamento Semanalseguirá adiante. Na véspera, o Banco Itaú teve sua página desativada no período da manhã, no mesmo horário em que o sítio do Bradesco foi desativado 24 horas depois. De acordo com os insurgentes contra o sistema capitalista, a ação integra um processo que objetiva evidenciar as injustiças e a má distribuição de renda no País.
“No ano passado atacamos o governo, mas de que adiantou?”, escreveu um membro no perfil oficial do Anonymous na rede social Facebook, fazendo referência a ataques a instituições governamentais.
Por intermédio da sua assessoria de imprensa, o Bradesco confirmou que “o site apresentou momentos de intermitência com volume de acessos acima da média”, mas não admitiu que a página tenha ficado fora do ar. Clientes e internautas, porém, contrariaram a informação e disseram que a página não carregava ou apresentava erros durante várias horas no período matinal.
Cliente do banco que pediu para não ser identificado, disse que tentou por diversas vezes, sem conseguir finalizar seus pagamentos ou agendamentos até às 15 horas. A fonte, que trabalha em uma empresa de contabilidade, na área de fusões e aquisições, ao entrar em contato com o suporte do Bradesco, obteve de um funcionário a informação de um ataque hacker havia derrubado o sistema. A recomendação dada aos clientes, no entanto, foi apenas para “esperar tudo voltar ao normal”.
Ainda que a responsabilidade dos serviços prestados, em caso de fraudes, seja do banco, o Procon-SP recomenda aos clientes lesados que procurarem a instituição financeira por meio de outros canais, como telefone e agências.
Na lista de alvos do Anonymous constam, ainda, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Santander entre os próximos atingidos. O Santander afirmou que “está ciente da ameaça de ataques de hackers e está monitorando os sistemas”. O Banco do Brasil “está acompanhando atentamente o sistema, mas não identificou aumento de acessos que indicassem uma suposta atividade dos hackers“. A Caixa preferiu não comentar os rumores.
Correio do Brasil