A taxa de desemprego total na Região Metropolitana do Recife (RMR) manteve-se estável em setembro, pelo sétimo mês consecutivo, ao passar de 13,8% para 13,9% da População Economicamente Ativa (PEA). É o que aponta a Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Agência CONDEPE/FIDEM em parceria com o DIEESE e a Fundação SEADE. Essa é a menor taxa de desemprego para o mês de setembro, desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1997. A expectativa é que até dezembro de 2011 a taxa de desemprego fique abaixo dos 14%, dois pontos percentuais a menos que o registrado nos últimos 12 meses de 2010 (16%).
No conjunto das regiões metropolitanas pesquisadas pela PED, a taxa de desemprego total caiu 2,8%, entre agosto e setembro de 2011, ao passar de 10,9% para os atuais 10,6%. Na comparação com o setembro do ano passado, a Região Metropolitana do Recife apresentou a terceira menor queda na taxa (-9,2%), atrás de Belo Horizonte (-15,8%) e Porto Alegre (-9,4%).
Em setembro, na RMR, a taxa de participação (proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas) cresceu de 53,8% para 54,6%.
O nível de ocupação registrou aumento de 1,5%, agregando 24 mil pessoas a mais ao contingente de ocupados, estimado em 1.626 mil pessoas. Com relação às demais regiões metropolitanas, o mesmo indicador apresentou aumento em Recife (1,5%), Porto Alegre (1,3%), São Paulo (1,1%); em menor proporção em Fortaleza (0,6%) e Belo Horizonte (0,6%) e estável em Salvador (0,2%) e no Distrito Federal (0,2%).
Segundo os principais setores de atividade econômica analisados na RMR, em setembro, o setor de Serviços (29 mil, ou 3,3%) e o agregado Outros Setores (3 mil, ou 1,8%) - composto pelos Serviços Domésticos e outras atividades não definidas - apresentaram crescimento. A retração foi registrada na Indústria de Transformação (7 mil, ou 4,6%) e na Construção Civil (1 mil, ou 1,0%). Apenas o Comércio não se alterou. Nos últimos doze meses, o nível ocupacional na RMR cresceu 3,6%, com destaque para os setores de Serviços (32 mil), Construção Civil (16 mil), Comércio (9 mil) e Indústria de Transformação (5 mil).
Houve expansão no total de assalariados (1,3%), entre os trabalhadores autônomos (1,6%) e no contingente dos classificados nas demais posições (2,5%) – composto por empregadores, empregados doméstico, trabalhadores familiares sem remuneração e donos de negócio familiar. O comportamento do emprego assalariado resultou do aumento observado nos setores privado (0,9%) e no público (2,8%), em setembro.
RENDIMENTO – Em agosto de 2011, a massa de rendimentos reais dos ocupados aumentou 1,7% e a dos assalariados, 1,1%. No mesmo período, o rendimento médio real dos ocupados permaneceu estável em 0,1%. O dos assalariados registrou variação positiva de 0,6% e o dos trabalhadores autônomos não variou. Em termos monetários, passaram a corresponder a R$ 998, R$ 1.088 e R$ 688, respectivamente.
Na comparação com agosto de 2010, os rendimentos médios reais dos ocupados, assalariados e autônomos cresceram, respectivamente, 4,2%, 3,1% e 3,9%. O fator responsável pela variação positiva dos ocupados foi o aumento da ocupação e da renda dos trabalhadores.