Brasília - Saber quem são e onde estão as micro e pequenas empresas (MPE) do setor da economia criativa. Esse é um dos propósitos do Observatório da Economia Criativa. Sua criação está prevista no acordo aditivo assinado nesta sexta-feira (30) pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e a ministra da Cultura, Anna de Hollanda.
“O observatório vai credenciar o Sebrae a ter uma atuação diferenciada no setor, contribuindo para melhor gestão das empresas", disse Barretto. A economia criativa é definida como toda forma de negócio que fornece serviços relacionados à preparação, criação, preservação e conservação de produções artísticas e culturais ou comunicação de mídia.
O reforço da parceria entre Sebrae e ministério prevê a criação de novas unidades do Criativa Birô. Trata-se de um escritório físico onde o empresário e o candidato a empreendedor que desejam investir na economia criativa irão encontrar num único lugar apoio para a realização de serviços como abertura de empresa e elaboração de projetos. Experiência semelhante existe no Rio de Janeiro. Barretto informou que o Sebrae já está trabalhando para que sejam instaladas outras unidades em São Paulo, Belo Horizonte e Bahia.
Shows - O presidente do Sebrae também informou que será trabalhada a questão da informalidade, para que as micro e pequenas empresas possam aproveitar melhor as possibilidades que estão surgindo no País. “Há muitas oportunidades ainda por explorar no setor. A nova classe média representa um grande impulso à economia criativa. O país entrou definitivamente na rota dos megashows, o que é um excelente mercado de entretenimento”, destacou.
Fazem parte das novas ações do aditivo a identificação das vocações criativas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo Fifa 2014. Esses dados serão cruzados com as 87 possibilidades identificadas no Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, estudo desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Elas existem na produção associada ao turismo, um dos nove setores da economia analisados. São exemplos estúdios de design em moda e de cenografia, livrarias e espetáculos de som e luz.
"É preciso garantir que a informação e as oportunidades circulem e cheguem a todos. Esse trabalho não é difícil, mas depende também de parcerias, a exemplo da que temos firmado com o Sebrae”, disse a ministra Anna de Hollanda. Ainda de acordo com a ministra, nos próximos anos, o mercado da cultura vai ampliar sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), como vem acontecendo em outros países.
Novas oportunidades - A secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura, Claudia Leitão, falou do Plano Estratégico 2011/2014 da pasta. As ações estão alinhadas com sete ministérios, como o da Educação, Turismo, Desenvolvimento Social e da Ciência e Tecnologia. As atividades, que vão beneficiar a economia criativa, estão voltadas à formalização e qualificação da mão de obra e à inclusão social.
Claudia falou ainda do programa Livro Popular, que será lançado na Feira do Livro, que acontece de 28 de outubro a 15 de novembro, em Porto Alegre. “O Sebrae pode capacitar os vendedores dos livros populares do programa”, sugeriu Claudia. Ela citou outras formas de atuação entre Sebrae e Ministério da Cultura, como a certificação do artesanato indígena e quilombola e a criação serviços adjacentes aos museus.
Agência Sebrae de Notícias