sábado, 12 de abril de 2025

#SendoProsperidade com Mariângela Borba

 


Semana Santa, período de profunda reflexão e fé

Por Mariângela Borba


Olá leitores da coluna #SendoProsperidade aqui pelo blog da Taís Paranhos, tudo bem? Com a proximidade da semana santa, hoje trago um artigo sobre ela e o seu verdadeiro significado. Afinal, o período é um momento de reflexão a respeito do amor e do sacrifício. A Semana Santa é um convite para mergulharmos no mistério do amor de Cristo, que se entregou por nós até a cruz. Cada celebração nos conduz a viver mais profundamente essa entrega , da alegria do Domingo de Ramos, à dor da Paixão e à glória da ressurreição, na Semana Santa rememoramos o martírio da cruz e não vitória sobre a morte , dar a todos os homens a graça da salvação.

A igreja cobre as imagens na Quaresma como um sinal de penitência e preparação para a Páscoa. É um período de reflexão e espera pela ressurreição de Cristo. Algo que eu nunca revelei a ninguém, mas que me ajudou muito a abrandar a dor que senti quando a minha mãe passou para o plano espiritual e que, de uma certa forma, fez com que eu fizesse a correlação em minha mente, foi ver os santos cobertos por um pano e também vê-la coberta por um pano, no momento em que fui fazer o reconhecimento do corpo no necrotério do hospital. Essa analogia só me trouxe conforto e é o significado que me faz ter mais ainda a certeza de que a minha mãezinha é a minha anjinha intercessora ao lado do Pai. Ainda não é fácil, confesso, porque mãe é uma presença que, quando vai embora, deixa um vazio que nem o tempo preenche, mas só Deus conforta.

A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, lembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém em um jumentinho, aclamado pelos judeus. O jumento no Domingo de Ramos simboliza a humildade e a realeza pacífica de Jesus ao entrar em Jerusalém, que poderia escolher um cavalo de guerra, mostrando poder e soberania, logo este não entregaria a certeza de que seu reino não era terreno, mas espiritual. A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao filho de David. Bendito o que vem em nome do Senhor (Lc 19-38 - MT 21,9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor .

Já na Quinta-feira Santa, dois outros importantes acontecimentos são destacados: a Bênção dos Santos Óleos, uma prática bem antiga na Igreja Católica. Remonta ao século III, como registrado na "Traditio Apostolica". São três os óleos abençoados: o Óleo dos Catecúmenos (usado no Batismo, para dar força aos que estão se preparando para entrar na fé), o Óleo dos Enfermos (usado na Unção dos Enfermos, para trazer conforto e força aos doentes) e o Santo Crisma (este é consagrado, não apenas abençoado, e usado em sacramentos como Batismo, Crisma e Ordenações). Cada um tem um papel especial! Essa tradição toda simboliza a presença do Espírito Santo e a unção dos fieis, seguindo costumes bíblicos onde o óleo era sinal de consagração, cura e da bênção de Deus. O motivo de se fixar a celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este o último dia que se celebra a missa antes da Vigília Pascal.

Na Quinta-feira Santa também se celebra a Instituição da Eucaristia e a Cerimônia de Lava-pés . Com a Missa da Ceia do Senhor , celebrada na tarde de quinta-feira, a igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus-Pai o seu corpo e sangue sob as espécies do Pão e do Vinho e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer a seus sucessores.

Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio . Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.

Celebra-se na Sexta-feira Santa a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15h, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a paixão do Senhor . Neste dia, é tradição para mim e minha família, peregrinar por sete igrejas e, assim, visitar e rezar diante de sete imagens do Senhor Morto. Reza-se também o Ofício das Trevas e o Sermão das Sete Palavras.

No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”. Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “A mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor Jesus sobre a morte. Cinco elementos compõem a Vigília Pascal: a benção do fogo novo, e do Círio pascal, a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor, a Liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação ; a renovação das promessas do batismo e, por fim, a liturgia eucarística.

Enfim é chegado o Domingo de Páscoa. A palavra páscoa vem do hebreu e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do antigo testamento. A páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos Antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus perseguidos pelos exércitos do faraó teriam que atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastião e as ondas se abriram, formando duas paredes de água que ladeavam um corredor enxuto por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao Ceará com seus discípulos.

Condenado à morte na cruz e sepultado ressuscitou três dias após , num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto principal e importante da fé cristã. Através da Sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus. O temor dos discípulos em relação à morte de Jesus na Sexta-Feira transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire, fez parte da Pastoral de Comunicação da AOR e da Paróquia de Nossa Senhora do Ó e é membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, jornalista Edmundo Celso.